16/12/2009

vai ver é assim mesmo

Hoje eu acordei assustada, assustada por ter sonhado algo vivido, algo tão real, e algo que eu gostaria de vivênciar denovo. E com uma ardência no fundo do meu coração corroendo a minha mente tentava ainda mais recordar sobre aquele verão tão desprovido de tudo. Levantei-me e fui até o banheiro, em passos lentos tentando ver se teria algum modo de poder voltar no tempo e mudar a história das vidas... não só a minha, mais a dele. Olhando para dentro de meus olhos no espelho pude me infiltrar no meu antigo mundo e relembrar o todo vivido, penetrando-me inteiramente dentro daquele momento eu não pude mais sair, e foi as dez horas da manhã que me lembrei de 11 de Outubro de 1985...

Lembrei de uma manhã tão bela onde acordei debaixo de um Salgueiro olhando para o céu tão azul no meio do Parque Central vendo os vestigios que deixamos na noite em que adormecemos por lá, o tempo no nosso meio fazendo nós pensarmos que estavamos fora de nós mesmos e não queriamos sequer acordar muito menos espreguiçarmos nossos receios. Recordando que nosso unico receio era acordar e ver que o mundo era o presente, e o presente estava ocupado para sonhar como nós sonhavamos. Ao chegarmos na ilusão do lugar que estavamos tentamos vivênciar momentos que não foram vivênciados por ninguém no mundo, para nós o que mais poderia fazer sentido aquela hora era o que menos o tinha! Eu sei que eramos tão jovens pra pensar em qualquer tipo de coisa mais complexa, tentamos ao maximo viver nossos dezesseis anos com o mais puro sentimento, com as mais puras loucuras de amor! Pensando nessa noite lembrei como eu te conheci... Levantei-me e segui reto até sentar-me naquele balanço aonde pela primeira vez me senti como passaro voando alem do chão que eu pisava, senti que aquelas asas de borboleta tatuadas em minha pele podiam virar asas de verdade e me fazer livre! A primeira vez em que te vi descobri o que era amor, alias o que era paixão, senti tremularem minhas pernas, o meu coração palpitar mais forte do que o inimaginavel, senti os meus dedos ficarem frios e minha cabeça sendo levada pela brisa que se passava aquela hora te olhando, e por mais que eu tivesse sete anos de idade percebi que o quanto mais novo nos apaixonarmos, mais o sentimento é puro, mais o sentimento é sentido e vivido. Desde então eu não parei mais de pensar como tudo poderia ter sido diferente, como poderiamos ter nos infiltrados menos nos nossos desejos...

12/12/2009

horizontes distantes

Meu nome é Amanda Hendrik desprovida de amor... Longos cabelos negros que encanta, mas são as desilusões que fazem eu me dispersar. Já imaginei a minha vida sem a sua mais não sei por em pratica como fez... Pois a partir do momento que você resolveu deixar de ser amor para ficar só uma paixão, você me matou. Ficou com meu coração e a sua sorte é que eu consigo ter emoções mesmo sem ele, pois ao contrario correria atraz.. Tenho medo de rejeição, medo do ar que toca o vazio do meu peito, medo que esse ar passe a tocar frequentemente, e medo das lagrimas virarem uma depressão.
Fui-me embora e é por isso que não volto... Estaria fazendo contra minha vontade e penso comigo, se você realmente me amasse correria atraz onde quer que eu estivesse... Concepção talvez errada, mas prefiro pensar no provavel ao que o duvidoso. Talvez debaixo daquela arvore tenha eternizado o nosso amor, tenha finalizado-o também. Mas a minha paixão nunca. E foi em um amanhecer perturbador que eu lembrei desde o momento do primeiro acontecimento adentrando em meus olhares.